O empate e, em seguida, a derrota para o Paraná, nesta terça-feira, foram ilustrados pelas vaias da torcida do Vasco, principalmente ao zagueiro Aislan e ao meia Julio dos Santos. O primeiro entrou no lugar de Luan, lesionado; o segundo chegou a protagonizar um lance em que pareceu segurar a bola esperando reação da torcida, pouco antes de ser substituído. Comandante destes e de outros jogadores, Jorginho sai em defesa deles.
– Ele (Julio dos Santos) já seria substituído no intervalo. Achei que tínhamos boa possibilidade no lado direito, mas não estava encaixando o Madson com Julio. Não foi por causa daquilo. Quero me dirigir ao torcedor, que é um apaixonado, vai de acordo com o jogo, e respeitamos muito isso, mas eu sinto a dor do meu atleta. O Aislan já entrou no campo vaiado, o Julio dos Santos foi vaiado também. Entristece ver um atleta meu vaiado. Temos que sentir a dor do companheiro, falo isso para o grupo – afirmou.
Jorginho explicou que as vaias afetam psicologicamente alguns jogadores. Ele utilizou o exemplo de um ex-companheiro para comparar como alguns atletas reagem às críticas.
– Desculpas ao torcedor, tinha tudo para ser um grande jogo, mas, infelizmente, não fomos eficientes e eles aproveitaram as nossas falhas. Nós temos apoio de muita gente, mas algumas pessoas vaiam desde o inicio. Tem jogadores como Romário, que não estava nem aí, mas outros se abatem. Peço apoio para voltarmos a vencer dentro de casa – explica.