O Vasco foi surpreendido por um Botafogo aguerrido e ousado no primeiro tempo, mas soube crescer na partida e venceu por 1 a 0 o primeiro duelo da final do Campeonato Carioca, no Maracanã. Jorge Henrique, de cabeça, marcou o único gol do jogo, aos 15 do segundo tempo.
A vitória veio no aniversário de seis meses de invencibilidade da equipe do técnico Jorginho, que não perde desde novembro de 2015, quando foi derrotado pelo Fluminense, no Campeonato Brasileiro.
Vasco e Botafogo terão agora a semana livre para treinar antes de se encontrarem novamente no próximo domingo, também às 16 horas, no Maracanã. O Vasco jogará pelo empate para faturar o bicampeonato.
O JOGO
O primeiro tempo de Vasco e Botafogo foi de intensa movimentação, mas nenhuma das duas equipes esteve claramente perto de abrir o placar. Ricardo Gomes armou sua equipe para não deixar o Vasco respirar, marcando sob pressão em todas as partes do campo, e partindo em contra-ataque sempre com o menor número de toques possível.
Desta forma, o Alvinegro dominou a posse de bola nos primeiros 45 minutos, teve dois escanteios a seu favor e um lance de impedimento, contra nenhum do Vasco em ambos.
Martín Silva teve mais trabalho que Jéfferson, mas não por grandes defesas embaixo das traves, e sim por saídas providencias do gol e interceptando bolas levantadas na área. Aos 5 e aos 13, o goleiro vascaíno mostrou que estava atento ao sair do gol e impedir que Salgueiro e Ribamar conseguissem finalizar após serem lançados.
O domínio do Botafogo foi mais claro antes da parada técnica, aos 20 minutos. O Vasco conseguiu superar o sufoco inicial e equilibrar depois disso, mas não incomodou Jéfferson. Sem conseguir se impor, os comandados de Jorginho lembravam pouco a equipe que venceu o Flamengo com autoridade no último domingo.
Com dificuldades para chegar perto do gol, as duas equipes tentavem chutes de longa distância. Bruno Silva recebeu uma bola atrasada aos 36 e avançou em direção ao gol, mas antes de tentar uma jogada, arriscou da intermediária. O chute saiu forte e Martín Silva espalmou por precaução. No minuto seguinte, Nenê tentou o mesmo do outro lado, mas o chute foi para fora.
O Vasco volta para o segundo tempo com a marcação mais adiantada e pressionando a saída de bola do Bota. O novo posicionamento confundiu a equipe de Ricardo Gomes, que mesmo mantendo o ímpeto do primeiro tempo, perdia a bola com mais facilidade e permitia o contra-ataque vascaíno. Num desses lances, a bola chega a Nenê pela esquerda, e o meia trabalha bem a bola e levanta na área. O Vasco tinha dois na área, Riascos e Jorge Henrique, e a bola foi na direção deles, Jéfferson saiu muito mal e o baixinho tocou de cabeça para abrir o placar no Maracanã.
O gol incendiou a torcida do Vasco e abalou nitidamente a equipe do Botafogo dentro de campo. Vendo sua equipe desarticulada e nervosa, Ricardo Gomes chama Sassá e o coloca na vaga do jovem Leandrinho.
O clima ficou mais nervoso ainda quando aos 21 Nenê cobrou uma falta pela esquerda de intermediária, e levantou na área. Ribamar tenta cortar mas manda contra o próprio gol e quase marca contra.
Três minutos depois, Sassá é lançado na meia lua, mas, pressionado por dois marcadores, não consegue dominar. A bola voltou para a intermediária, e Sassá, com muita vontade, vai de carrinho e acaba atingindo o tornozelo de Jorge Henrique. O árbitro mostou o cartão vermelho e o mandou para o vestiário mais cedo.
Ricarod Gomes voltou a mexer na equipe e tirou Gegê para a entrada de Fernandes, e depois Salgueiro para colocar Fernandes. O jogo ficou franco e o Bota voltou a subir de produção. Com muita valentia, o Alvinegro teve suas melhores chances na partida e Martín Silva salvou o Vasco, num final de partida emocionante.
Aos 34, Diogo fez grande jogada e saiu costurando da esquerda para o meio e serviu Bruno Silva que entrava sozinho pela direita. O mei ficou cara a cara com Martín Silva e encobriu o goleiro, mas a bola passou por cima do gol. Quatro minutos depois, Neilton tenta o chute da entrada da área e a bola fica na marcação, mas sobra para Ribamar tentar de cara para o goleiro uruguaio. Num chute à queima roupa, Martín faz grande defesa.