O Cruzeiro não conseguiu suportar a pressão do San Lorenzo, pouco fez para buscar um resultado positivo e não mostrou ser, nem de longe, aquele time ofensivo que a torcida acostumou a ver. Por isso, acabou perdendo para os argentinos por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no estádio Nuevo Gasómetro, pela partida de ida das quartas de final da Copa Libertadores. O zagueiro Santiago Gentiletti, de cabeça, fez o único tento do embate, garantindo a vantagem para os hermanos.
Na próxima quarta-feira, Raposa e Cuervos voltam a se enfrentar pelo jogo de volta, no Mineirão. Os mineiros precisam vencer por dois gols de diferença para ficar com a vaga nas semifinais. Vitória por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Igualdade no placar classifica os argentinos.
Antes, os celestes enfrentam o Atlético, no clássico válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, no domingo, no Independência. O San Lorenzo enfrenta o Estudiantes, na penúltima rodada do Torneio Final.
Primeiro tempo
O jogo começou equilibrado, com as duas equipes se estudando muito. Jogando com o estádio lotado e com uma bela festa da torcida, o San Lorenzo tomou a iniciativa da partida. A Raposa, por sua vez, não estava recuada, mas colocava todos os seus atletas atrás da linha da bola e tentava sair nos contra-ataques. Porém, a ineficiência de ambos resultava em pouco poder ofensivo, com as defesas levando a melhor sobre os sistemas de ataque.
A agremiação estrelada errava muitos passes na saída para o campo adversário. Assim, aos poucos, os hermanos iam empurrando a equipe mineira, exercendo uma pressão mais forte. O primeiro lance mais efusivo dos Cuervos veio aos 15 min. Mauro Matos recebeu sozinho na área, mas acabou isolando. A primeira finalização celeste veio aos 20 min, mas igualmente ruim. Ricardo Goulart arrancou livre e, da entrada da área, chutou sem direção.
O embate continuou morno, sem nenhuma chance de maior perigo. O San Lorenzo até conseguia criar, mas pecava nas finalizações. As principais investidas do “El Ciclone” vinham pela ponta direta com Julio Buffarini e Héctor Villalba, criando muitas dificuldades para Samudio conter os avanços.
Aos 29 min, Héctor Villalba fez boa jogada pela ponta direita, passou por Samudio e rolou para trás. Livre na pequena área, Ignacio Piatti furou. Aos 35 min, o goleiro Fábio fez uma boa intervenção no chute de Ángel Correa. O panorama do jogo permaneceu e a igualdade no placar também se manteve para o intervalo.
Segundo tempo
No segundo tempo, precisando do resultado positivo para ter mais tranquilidade fora de casa, o San Lorenzo voltou mais ofensivo, criando sua melhor chance no jogo logo aos 9 minutos. Ignacio Piattiis fez boa jogada pela esquerda e cruzou na área. Mauro Matos, sozinho, cabeceou no canto, obrigado o goleiro Fábio a operar um milagre. No rebote, Ángel Correa chegou chutando, e o arqueiro celeste salvou outra vez. Aos 19 min, a pressão surtiu efeito. Ángel Correa cobrou falta da intermediária e o zagueiro Santiago Gentiletti, livre de marcação, mandou para o fundo das redes.
A Raposa tentou responder, aos 22 min, mas Ricardo Goulart bateu cruzado para fora. Borges e Dagoberto entraram em campo, no lugar de Júlio Baptista e Willian, respectivamente, mas não conseguiram aumentar a força ofensiva celeste. O time celeste tentou pressionar nos minutos finais, mas os donos da casa administraram o placar e garantiram a vantagem.
SAN LORENZO-ARG 1×0 CRUZEIRO
Local: Estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires (ARG)
Data/hora: 7 de maio de 2014, 22h
Árbitro: Antonio Arias (PAR)
Assistentes: Rodney Aquino (PAR) e Carlos Cáceres (PAR)
GOL: Gentiletti
Cartões amarelos: Gentiletti, Navarro (SLO), e Dagoberto (CRU)
Cartão vermelho: Não houve.
SAN LORENZO-ARG: Sebastián Torrico; Julio Buffarini, Carlos Valdés, Santiago Gentiletti e Emmanuel Más (Leandro Navarro); Juan Mercier, Néstor Ortigoza, Héctor Villalba (Elizari) e Ignacio Piatti; Ángel Correa (Kannemann) e Mauro Matos. Técnico: Edgardo Bauza.
CRUZEIRO: Fábio; Ceará, Léo, Dedé e Samudio; Henrique, Lucas Silva, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart; Willian (Dagoberto) e Júlio Baptista (Borges). Técnico: Marcelo Oliveira.