Parte da mansão que pertenceu ao estilista Clodovil Hernandes, construída em uma área de preservação ambiental em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, está sendo demolida por determinação da Justiça. A demolição de cerca de 500 metros do imóvel começou a ser feita na última segunda-feira (29).
O estilista e ex-deputado federal Clodovil morreu há sete anos e deixou dívidas. Antes da ordem de demolição de parte do imóvel, avaliado em R$ 1,6 milhão, a representante legal do estilista, Maria Hebe Pereira de Queiroz tentou vender a mansão para pagar parte dos débitos do estilista. A tentativa, no entanto, fracassou.
“Parte da casa vai ao chão e serão plantadas mudas nativas no local para a recuperação da área”, disse Maria Hebe. Esse área que vai ser demolida está em uma Área de Preservação Permanente (APP) em meio à Mata Atlântica.
Pela decisão da Justiça, serão demolidos o canil, o quarto de Clodovil e parte da cozinha da mansão. A suíte que pertenceu ao estilista tem sacada e vista para o mar. O cômodo ainda tem um pequeno banheiro com um toque inusitado: uma saída secreta para uma espécie de sótão do lado de fora da casa e que leva à mata.
A demolição começou na última semana e será feita de forma gradativa. Segundo um morador próximo, parte do telhado da área a ser demolida está sendo retirada.
O trabalho deve custar cerca de R$ 400 mil e é feita por uma empresa indicada pela Justiça. A representante legal de Clodovil não permitiu imagens no local.
Venda
Apesar de ter parte do imóvel demolido, a advogada ainda acredita que possa vender o que restar da mansão. Segundo ela, a Justiça teria bloqueado a venda até a tramitação do processo de prejuízo ambiental.
“Não sabíamos ao certo quanto seria demolido, então tivemos que esperar. Agora vamos cumprir com a determinação e aguardar os próximos passos. Quem sabe depois possamos vender a mansão”.
A casa tem 20 cômodos e quase todos os itens de decoração e eletrodomésticos já foram leiloados.