Centenas de pessoas passaram a madrugada desta segunda-feira (7) em uma fila para concorrer a uma das 1,6 mil vagas de trabalho oferecidas na Refinaria Henrique Lage (Revap) em São José dos Campos. A coleta de currículos começou às 9h da manhã, mas por volta das 5h a fila já virava o quarteirão.
As vagas terceirizadas são temporárias com contratos de 35 a 40 dias, e os salários que variam de R$1,6 mil a R$5 mil. Serão contratadas pessoas desempregadas e que tenham experiência na área de montagem industrial.
O cadastro começou nesta segunda (7) no Sindicato da Construção Civil e vai até o dia 24 de março. Muitos quiseram garantir a chance no primeiro dia e enfrentaram fila. Por volta das 5h, mais de 300 pessoas já aguardavam pela abertura dos portões do sindicato.
“Eu madruguei, mas quando cheguei aqui já tinham mais de 300 pessoas na minha frente. Não consigo mais ver o final da fila. Com o mercado como está, todos querem tentar essa oportunidade”, disse Antonio Saraiva.
Protesto
Cerca de 500 ex-trabalhadores da refinaria protestam pela prioridade na contratação de moradores da cidade. A contratação é feita por uma empresa terceirizada, que havia firmado acordo com a prefeitura de contratar 80% da mão de obra, cerca de 1,2 mil trabalhadores, do município. Os manifestantes acusam a empresa de não cumprir o acordo.
O protesto começou por volta das 7h na porta da refinaria e terminou por volta das 9h. Os manifestantes não tem ligação com o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) de São José dos Campos ou com o Sindicato da Construção Civil.
“Nós queremos ter prioridade na hora da contratação. Além de sermos de São José, muitos já passamos pela refinaria. A empresa tem um acordo de manter 60% da mão de obra da cidade e está desrespeitando isso”, diz Wilson dos Santos, que já trabalhou na empresa em 2008. A Revap informou que não vai comentar o caso.