Vigilância Epidemiológica de Taubaté divulgou um mapa com as regiões que concentram o maior índice de larvas do Aedes Aegypti. Segundo o levantamento, a área com maior infestação larvária na cidade é a que engloba os bairros Jaboticabeiras, Independência, Jardim das Nações, Santa Luzia, Jardim Humaitá, Bom Conselho e Centro.
O mapa é feito com base na Análise de Densidade Larvária (ADL) feita no final de janeiro. Os resultados obtidos geram o Índice Breteau (IB), um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nos locais vistoriados.
Para a pesquisa, a cidade foi dividida em quatro regiões e 3,6 mil imóveis foram vistoriados. A região quatro, com maior número de larvas, apresenta Índice Breteau de 8,8. De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, o ideal é índice de até 1,5. Acima disso o risco de epidemia é considerado alto.
De acordo com José Antonio Cardoso, coordenador de combate à dengue da cidade, o número na região dobrou com relação ao mesmo período de 2015, quando o índice era de 4,5. “Isso se dá porque na região a maior parte é de imóveis comerciais e vários estão fechados. Temos trechos com até 30 imóveis comerciais e mais da metade estão fechados. Isso favorece a manutenção de criadouros do mosquito”, explica.
A segunda área com maior nível de infestação é a que engloba os bairros Belém, Cidade de Deus, São Gonçalo, Jardim Paulista, Estoril, Barreiro, Cataguá e Marlene Miranda, com 5,6. O grupo é classificado no mapa como a região seis.
O índice mais baixo está na região três – Água Quente, Gurilândia, Ana Rosa, Parque Urupês, Santa Calara, Shalon, Vila São José, Maria Augusta e São Carlos – com índice 2,3. A região dois, que contempla os bairros Bonfim, Quiririm, Cecap, Santa Tereza e Chácara Flórida, tem índice 2,4.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, o indicador de infestação de larvas na cidade está na casa dos 4,4, o que é considerado preocupante.
“A administração em parceria com as imobiliárias está abrindo esses locais para vistoria na tentativa de destruir os focos. Além disso, estamos reforçando a ação dos agentes de endemia, as visitas, principalmente nas regiões de alta concentração larvária. Mas é preciso reforçar que as pessoas precisam se conscientizar”, disse.
Desde o início de 2016, foram registrados em Taubaté 192 casos de dengue. O número é 80% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, 106 casos. Além do registro da doença, a cidade também confirmou um caso de pessoa contaminada com o vírus da zika. Outras três suspeitas de chikungunya aguardam exames.