Cientistas da Agência Espacial Americana anunciaram nesta segunda-feira (28) uma descoberta que pode ser determinante pra confirmar a existência de algum tipo de vida em Marte. E essa descoberta também pode ajudar, bastante, futuras missões ao planeta vermelho.
Os primeiros astronautas que chegarem a Marte não vão ver imediatamente aquilo que eles mais vão precisar: água. Eles terão que navegar em busca de regiões montanhosas e localizar marcas escuras, que parecem restos de uma enxurrada.
A água em Marte não é cristalina, como na Terra. É uma salmoura misturada a elementos químicos como o magnésio e o sódio. Mas essa água extremamente salgada tem vantagens: não congela facilmente. Mesmo a -20°C, continua fluindo. Isso faz uma enorme diferença no verão marciano, quando os termômetros atingem essa temperatura e o líquido desce pelos córregos estreitos. No inverno, os riachos escuros desaparecem.
A confirmação de que que a salmoura existe muda muita coisa. Torna uma missão a Marte mais viável, porque água potável e combustível para os foguetes poderiam ser extraídos da salmoura.
A descoberta também abre mais a porta para a possibilidade de existir vida no planeta vermelho – mesmo a nível apenas de micróbios. E a forma como a água existe hoje em Marte, serve de exemplo também para a consequência catastrófica de mudanças climáticas.
Bilhões de anos atrás, Marte tinha rios, lagos, um enorme oceano e uma atmosfera protetora, como a da Terra. Os cientistas não sabem porque tudo isso desapareceu e o planeta virou um deserto gelado. Mas a existência da água em estado líquido pode ajudar a entender o que aconteceu com o clima marciano.
Um cientista da Nasa, disse que a evidência de água em estado líquido é uma das razões para ele estar convencido de que é necessário um dia enviar biólogos e especialistas em planetas a Marte, para explorar a pergunta: ‘Existe hoje, vida em Marte?’.