O PSDB criticou a presidente Dilma e o PT por não cumprirem promessas de campanha e pelo atual cenário de crise política e econômica, nessa segunda-feira, durante propaganda partidária veiculada em cadeia nacional de rádio e televisão. O Presidente nacional do partido, o senador Aécio Neves (MG), acusou o PT de ter-se omitido diante dos problemas que geraram a crise e de ter tomado decisões para se manter no poder.
Durante o programa, que durou 10 minutos, os principais nomes do PSDB questionaram as decisões do governo Dilma, entre elas a volta da CPMF, conhecida como o “imposto do cheque”, e criticaram a dificuldade que a presidente encontra para controlar a crise econômica e resolver o problema do desemprego no país.
O primeiro a falar foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que disse ter o governo escolhido o caminho errado para sair da crise, com o aumento dos juros e impostos. Como alternativa, Alckmin sugeriu mais investimentos para a geração de emprego e renda.
Em seguida, o ex-governador e atual senador José Serra (SP) dirigiu as críticas ao PT, que, segundo ele, foi avisado sobre a crise econômica, mas “se fez de surdo e não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a reeleição”.
Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) criticou o arco de alianças do governo no Congresso Nacional. “A economia vai muito mal e a presidente é refém de uma base de sustentação no Congresso que a cada dia é cada vez mais do tipo toma lá, dá cá. Na verdade, ela está pagando pela herança maldita que o [ex-presidente] Lula deixou.”
O senador Aécio Neves disse que não adianta ficar apenas criticando o governo e que é preciso pensar em uma solução. O senador destacou ainda que o PSDB não faz oposição ao país e sim ao governo Dilma. “Nós não vamos virar as costas para as dificuldade que o Brasil e você está enfrentado. Nós somos oposição sim, mas mas nós somos oposição a este governo. Nós não somos, nem jamais seremos, oposição ao Brasil”, disse o senador.
Aécio Neves afirmou também que o partido vai se posicionar contra as medida anunciadas pelo governo, como o aumento de impostos, mas que se posicionaria a favor de medidas como a redução dos encargos na folha de pagamento das empresas, corte na taxa de juros.