A presidente Dilma Rousseff viaja nesta segunda-feira (25) para a sua primeira visita de estado ao México, que terá como objetivo principal ampliar as relações comerciais entre os dois países. Ela também vai com a missão de convencer o governo mexicano a diminuir as barreiras tarifárias aos produtos brasileiros, queixa recorrente do empresariado no Brasil. A previsão é que a presidente retorne ao Brasil na quarta-feira.
Dilma já esteve no país em 2012, quando participou, na cidade de Los Cabos, da reunião da cúpula do G20. Desta vez, no entanto, será recebida com honras de chefe de estado pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto. Seu retorno ao Brasil está previsto para quarta-feira Entre os acordos que serão assinados está um de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), que é uma espécie de manual com as regras de cada país para fechar negócios e seus respectivos marcos regulatórios, além de apresentar mecanismos de prevenção e solução de controvérsias. O documento é o terceiro deste tipo que o Brasil será signatário. Os dois primeiros foram com Moçambique e Angola.
Na sua agenda de dois dias no México, também estão previstas as assinaturas de um acordo sobre serviços aéreos e um memorando de entendimento de cooperação turística. Os presidentes vão relançar ainda os trabalhos de uma comissão binacional, chefiada por chanceleres e membros de ministérios. Os trabalhos serão divididos em quatro subcomissões: política, econômica, técnico-científica e educativa-cultural.
Em paralelo, será realizado um seminário com empresários mexicanos e brasileiros.
Parceiro comercial
Segundo maior parceiro comercial do México, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil espera que a viagem seja um catalisador para elevar o patamar de investimentos mexicanos no país, atualmente na casa dos US$ 23 bilhões por ano.
Os recursos brasileiros aportados no México giram em torno de US$ 2 bilhões por ano, com dois grandes projetos em andamento. O primeiro é o polo petroquímico Etileno XXI, operado pela brasileira Braskem e a mexicana Idesa, no estado de Veracruz, no valor de quase US$ 5 bilhões. O segundo é um complexo siderúrgico da Gerdau orçado em US$ 600 milhões.