Os drones, aparelhos voadores comandados por controle remoto, estão ganhando mercado no Vale do Paraíba. O aparelho já virou ferramenta de trabalho e usuários da região defendem a regulamentação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
De acordo com uma universidade de São José dos Campos que estuda o equipamento, em 2014 foram investidos R$ 60 milhões com drones no mundo e a previsão é que até 2023 esse valor chegue a R$ 3 bilhões.
Depois de 11 anos em uma multinacional, o engenheiro Daniel Honório deu início a uma nova fase da vida. Com o drone, presta serviços para diversas áreas. “É um serviço que complementa imagens de casamento. Venda de imóveis, ramo imobiliário está requisitando bastante esse tipo de serviço. Agricultura também está começando a usar para combate de praga. Eu vejo o drone como uma coisa que vai evoluir muito nos próximos anos”, explicou
A expectativa é alta em relação ao mercado de trabalho, mas ninguém sabe como será o uso da ferramenta, que ainda não foi regulamentada pela Anac.
Atualmente não existe uma legislação exclusiva só para os drones. O nome oficial é Veículo Aéreo não Tripulado (Vant) e o uso ainda é estudado pela agência nacional de Aviação Civil. Além da Anac, órgãos regionais de aviação precisam liberar o voo que não pode ser feito sobre multidões, por exemplo.
Estudantes da universidade passam as tardes no laboratório da universidade estudando e desenvolvendo drones. Eles acreditam que o equipamento será o foco da vida profissional deles.
“A gente tem interesse de passar para eles não só a tecnologia do desenvolvimento desses equipamentos, que é uma demanda que vai aumentar no mercado mundial, como também trabalhar com esses equipamentos de forma segura”, diz o professor Alessandro Mendes.