Terrorista do Estado Islâmico que aparece em vídeos é identificado

O homem que aparece nos vídeos do grupo terrorista Estado Islâmico decapitando reféns foi identificado como um cidadão britânico, de 26 anos, que estudou computação em uma conceituada faculdade de Londres.

A principal figura da violência do estado islâmico continua escondida atrás do capuz, mas ao menos o nome dele já é conhecido: Mohammed Emwazi.

Como já se desconfiava, por causa do sotaque, Mohammed é cidadão britânico, nascido no Kuwait. Foi criado em Londres, onde fez faculdade de programação de computadores.

Antes que o nome viesse à tona, ele era chamado de “jihadi John”, uma referência ao ex-beatle John Lennon, também britânico.

Mohammed teria começado a se radicalizar quando viajou com amigos para a Tanzânia, em 2009, para um safári e foi detido e deportado. Depois, foi acusado por agentes ingleses de tentar chegar à Somália pra se juntar ao grupo Jihadista Al-Shabab. Em 2010, foi preso e fichado por agentes anti-terrorismo da Inglaterra. Em 2012, viajou para a Síria, foi quando teria se juntado ao estado islâmico.

Os serviços de inteligência usaram as gravações divulgadas pelo estado islâmico para analisar a voz do terrorista e entrevistaram ex-reféns do grupo. A identidade já teria sido descoberta em setembro do ano passado, mas era mantida sob sigilo. O governo americano, líder da coalizão que combate o Estado Islâmico, não confirmou o nome do terrorista.

O secretário de imprensa da casa branca afirmou: “não posso confirmar nem negar, mas os Estados Unidos continuam a investigar os responsáveis pelo assassinato de cidadãos americanos”.

Hoje, os terroristas postaram na internet um vídeo que mostra militantes do grupo destruindo esculturas da civilização assíria num museu de Mossul, no Iraque. São imagens muito antigas, do século nono antes de cristo. Os vândalos derrubaram as estátuas e ainda usaram marretas e britadeiras, demonstrando ódio pelo que tratam como adoração de outras religiões às imagens.