«Pixels»: para o coração dos gamers dos anos 80

«Pixels», de Chris Columbus e protagonizado, entre outros, por Adam Sandler, tem um argumento original: uma força alienígena invade a terra utilizando como armas os videojogos dos anos 80, como Pac Man. Todavia, e apesar de “tocar” o coração, o filme falha devido a simplicidade da sua história.

Nos anos 80, a NASA envia para o espaço imagens de um campeonato de Arcade. Nos nossos dias, a Humanidade está em perigo devido a uma má-interpretação dos alienígenas, que avaliaram as imagens do certame como uma declaração de guerra. Por isso, decidem atacar a Terra com as mesmas armas enviadas pelo Homem, os emblemáticos jogos Arcade, que marcaram uma geração de jovens.

A ideia de «Pixels» é mais do que interessante, já que consegue trazer ao cinema uma ideia original, algo raro nos nossos dias. No entanto, e infelizmente, o filme não consegue encontrar a dinâmica e o fascínio dos jogos do passado, pelo contrário. A história custa a arrancar e não consegue criar a necessária empatia do cinéfilo, que, no fundo, só desfruta do filme devido aos seus efeitos visuais. É realmente gratificante ver Tetris, Space Invaders, Q*bert, Lady Lisa,  Smurfs, etc. em algumas das principais cidades do mundo, como Londres e Nova Iorque, por exemplo.

«Pixels» não poderia ter outro protagonista senão… Adam Sandler. Por isso, não espere alguma surpresa em termos de interpretação e registo, já que não a terá, mesmo com as companhias de Josh Gad, Kevin James, Peter Dinklage e Michelle Monaghan. É o típico filme… Adam Sandler, uma “marca” já “oficializada” em Hollywood, um “franchise” nos Estados Unidos.

O filme de Chris Columbus, que glorifica os “freaks”, os “nerds” e as teorias da conspiração, serve por isso de nostalgia, já que é claramente destinado a uma geração que nasceu com os jogos Arcade, uma geração que ainda hoje não troca o “Pac Man” pelo “Call of Duty” ou o “Donkey Kong” pelo “Uncharted”.