Bispos participam da 1ª reunião do sínodo sobre família no Vaticano

No Vaticano, bispos do mundo todo participaram da primeira reunião do sínodo sobre a família.  O encontro vai durar três semanas.

“O sínodo não é um parlamento. Aqui se deve falar com franqueza e não fazer acordos”, disse o Papa Francisco para 270 bispos do mundo inteiro.

É o primeiro dia de uma discussão, que vai decidir a linha da Igreja sobre temas muito delicados como divórcio e homossexualidade.

Francisco disse que a Igreja não pode ser um museu de memórias, e que é preciso ter coragem de mudar, se essa for a vontade de Deus.

No fim de semana, a Santa Sé foi surpreendida pela declaração de um monsenhor polonês, que se revelou gay, e afirmou ter um companheiro.

O Vaticano condenou o gesto não só porque ele desobedeceu ao celibato, mas porque, segundo o porta-voz do Vaticano, o monsenhor tentou fazer pressão nas decisões da reunião.

Ao fim da primeira sessão, o arcebispo de Paris avisou: quem veio esperando uma mudança radical na doutrina vai sair decepcionado.
O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, também é prudente. “Naturalmente, as reflexões que serão feitas finalmente serão trabalhadas de maneira a se tornarem propostas que serão votadas no final do sínodo. E o fruto desta votação é entregue ao Papa, para que a partir disso, ele faça o documento que achar que deve fazer”, disse.

O sínodo não é um parlamento, mas as maiorias também contam. E os conservadores, que se opõem ao Papa Francisco são mais numerosos do que os reformistas.